→ Criação, texto e performance
Elisabete Finger, Maikon K, Renata Carvalho, Wagner Schwartz
→ Colaboradores
Colaboração artística: Ana Teixeira
Figurino: Karlla Girotto
Assistente de figurino: Flávia Lobo
Maquiagem: Felipe Ramirez
Iluminação e direção técnica: Diego Gonçalves
Produção: Núcleo Corpo Rastreado – Gabi Gonçalves
Fotos: Caroline Moraes
Apoio: Casa Líquida, Egrey, Fernanda Yamamoto
Coprodução: Festival de Teatro de Curitiba
Agradecimentos: Alba Roque, Julia Feldens
→ Estreou em março de 2018.
Em 2017, os artistas Elisabete Finger, Maikon K, Renata Carvalho e Wagner Schwartz foram alvo no Brasil de acalorados debates em torno da liberdade de expressão, censura e limites na arte. Wagner, em sua performance La Bête, oferece seu corpo nu para ser dobrado e desdobrado pelo público – revisitando a proposta das esculturas Bichos, de Lygia Clark. Em sua apresentação no Museu de Arte Moderna de São Paulo o performer foi tocado por uma criança, acompanhada por sua mãe. Um recorte em vídeo deste momento foi manipulado por grupos conservadores e viralizado nas redes sociais, atribuindo ao artista o título de “pedófilo”.
Elisabete, coreógrafa e mãe da criança que participou deLa Bête, sofreu uma avalanche de acusações e ameaças, em meio a inquéritos policiais e interrogatórios políticos, que colocaram em questão o papel da mulher, da mãe, do público e da artista no Brasil de hoje.
Maikon, em sua performance DNA de DAN, fica nu e imóvel dentro de uma bolha transparente. Na apresentação em frente ao Museu Nacional da República, em Brasília, teve seu cenário danificado e foi detido pela polícia militar sob a acusação de ato obsceno.
Renata, atriz, teve sua peça – O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu –censurada, e foi impedida de se apresentar por ser travesti e interpretar Jesus Cristo.
Em Domínio Público, os quatro se juntam para uma reflexão a partir dos ataques sofridos. Tomando como ponto de partida um dos ícones da história da arte, revelam como uma obra pode ser utilizada em diferentes narrativas ao longo do tempo, incitando as mais diversas reações, espelhando os fatos e absurdos de nossas sociedades.